domingo, 29 de maio de 2011

Poesias Infantis



Infância

Aninha
Pula amarelinha
Henrique
Brinca de pique
Marilia
De mãe e filha
Marcelo
É o rei do castelo
Mariazinha
Sua rainha
Carola
Brinca de bola
Renato
De gato e rato
João
De policia e ladrão
Joaquim
Anda de patins
Tieta
De bicicleta
E Janete
De patinete
Lucinha!
Brinca sozinha
Você quer brincar
Comigo?

(Sônia Miranda)


O Relógio

Passa tempo, tic-tac
Tic-tac, passa hora
Chega logo, tic-tac e
Vai-te embora
Passa tempo
Bem depressa
Não atrasa não
Demora
Que já estou
Muito cansado
Já perdi
Toda alegria
De fazer meu tic-tac
Dia e noite-noite e dia
Tic-tac
Tic-tac
Tic-tac…

(Vinícius de Moraes)



As Borboletas 

Brancas
Azuis
Amarelas
E pretas
Brincam
Na luz
As belas
Borboletas

Borboletas brancas
São alegres e francas

Borboletas azuis
Gostam muito de luz.

As amarelinhas
São tão bonitinhas

E as pretas então...
Oh, que escuridão!

(Vinícius de Moraes)



Grilo Grilado

O grilo
Coitado
Anda grilado
E eu sei
O que há.
Salta pra aqui,
Salta pra ali,
Cri-cri pra cá,
Cri-cri pra lá.
O grilo coitado
Anda grilado
E não quer contar.
No fundo
Não ilude,
É só reparar
Em sua atitude
Pra se desconfiar.
O grilo
Coitado
Anda grilado
E quer um analista
E quer um doutor.
Seu grilo,
Eu sei:
O seu grilo
É um grilo
De amor.

(Elias José)



Cadê

Nossa! Que escuro!
Cadê a luz?
Dedo apagou.
Cadê o dedo?
Entrou no nariz.
Cadê o nariz?
Dando um espirro.
Cadê o espirro?
Ficou no lenço.
Cadê o lenço?
Dentro do bolso.
Cadê o bolso?
Foi com a calça.
Cadê a calça?
No guarda-roupa.
Cadê o guarda-roupa?
Fechado à chave.
Cadê a chave?
Homem levou.
Cadê o homem.
Está dormindo
De luz apagada.
Nossa! Que escuro!

(José Paulo Paes)



Desistência

O menino Tonho
Mexendo no lixo
Achou um sonho
E pôs-se a sonhar.

Com queijo de nuvens,
Bolachas de estrela,
Pastéis de luar.

O sonho era duro
E estava mofado.
E ele desistiu
De sonhar acordado.

(Maria Dinorah)




O Galo Aluado

O galo aluado
Subiu no telhado,
Sentiu-se tão só,
Cocorissó, cocorissó!
O galo aluado
Subiu no telhado
E chamou pelo sol,
Cocorissol, cocorissol!
O galo aluado
Subiu no telhado
E viu o caracol,
Cocoricol, cocoricol!
O galo aluado
Subiu no telhado
E exclamou para o cão:
Cocoricão! Cocoricão!
O galo aluado
Subiu no telhado

Um ar de felicidade.
 E saudou a lua
Cocorilua, cocorilua!
O galo aluado
Cochilou no telhado
E ouviu assustado,
Cocorigalo, cocorigalo!
Eram o caracol,
O cão, a lua e o sol,
Que acuadiam
Ao triste chamado
Do galo aluado.

(Sergio Caparelli)



O Olho da Janela

Agora lá se vai a pessoa quadrada
Agora lá se foi a pessoa redonda
Agora lá se foi, agora lá se vão.

Nunca mais voltará, nunca mais voltarão.

Um dia voltará a pessoa-quadrada?
Um dia voltará a pessoa-redonda?
 Um dia voltará, um dia voltarão?

Um dia voltará, um dia voltarão:

A pé ou de avião um dia voltarão.
Um dia voltará a pessoa quadrada.
Um dia voltará a pessoa redonda:

No dia do juízo, a pé ou de avião.

(Murilo Mendes)



O Circo Chegou


De onde vem esse cheiro novo
Esse cheiro de aventura?
E esse brilho, esse barulho
Embrulhado a manhã?
Vem de onde, vem de onde
Essa vontade de dançar?
Até as nuvens, ansiosas,
Fazem fila no céu
Para ver o que que há:
Foi o circo que chegou
Espalhando na cidadeUm ar de felicidade.


(Roseana Murray)

2 comentários: